Os filmes, atores e diretores preferidos da Academia Brasileira de Cinema serão conhecidos hoje à noite, na cerimônia de premiação do Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro. São 25 categorias no total, nas quais foram inseridos longas e curtas-metragens de ficção, documentário e animação lançados comercialmente no ano passado. Dois filmes que já amealharam outros troféus lideram o número de indicações (14 cada um): Estômago, de Marcos Jorge, e Meu Nome Não é Johnny, de Mauro Lima. Os vencedores vão receber o Troféu Grande Otelo, na cerimônia realizada no Vivo Rio (Av. Infante Dom Henrique, nº 85, Parque do Flamengo, Rio).
Também concorrem ao prêmio de melhor longa de ficção Ensaio Sobre a Cegueira, de Fernando Meirelles, O Banheiro do Papa, dos uruguaios César Charlone e Enrique Fernández, e Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas. Ao de melhor ator, disputam diferentes gerações: João Miguel (Estômago), Selton Mello (Meu Nome Não é Johnny), Ary Fontoura (A Guerra dos Rocha), César Trancoso (O Banheiro do Papa), Stepan Nercessian (Chega de Saudade) e Wagner Moura (Romance).
Na categoria melhor atriz, estão Cássia Kiss (Chega de Saudade), Cláudia Abreu (Os Desafinados), Darlene Glória (Feliz Natal), Leandra Leal (Nome Próprio) e Sandra Corveloni (Linha de Passe). E os diretores: Walter Salles e Daniela Thomas, Fernando Meirelles, Laís Bodanzky (Chega de Saudade), Marcos Jorge e Mauro Lima.
O prêmio está em sua sétima edição e, por ter patrocínio da Vivo, tem uma categoria inusitada: melhor filme feito para telefone celular. No total, mais de cem títulos, incluindo infantis e produções estrangeiras, participaram da seleção realizada pelos cerca de 300 membros da Academia, iniciada em fevereiro. O público inclusive participou da premiação votando durante um mês pela internet e pelo celular, em duas categorias apenas – melhor longa de ficção nacional e estrangeiro.
Nelson Pereira dos Santos, “nosso maior cineasta e um dos maiores do mundo”, nas palavras do presidente da Academia, Roberto Farias, será homenageado na cerimônia, no Vivo Rio, que contará com transmissão pelo Canal Brasil. Ele receberá um prêmio especial pela preservação de seus filmes. A Academia foi criada em 2002 para promover o cinema nacional.
Confira todos os indicados:
MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO
O Banheiro do Papa
de César Charlone e Enrique Fernández. Produção: Andrea Barata Ribeiro, Bel Berlinck e Fernando Meirelles por O2 Filmes, Elena Roux por Laroux Cine, Serge Catoire por Chaya Films
Ensaio Sobre a Cegueira
de Fernando Meirelles. Produção: Niv Fichman por Rhombus Media, Andrea Barata Ribeiro por O2 Filmes, Sonoko Sakai por BeeVine Production
Estômago
de Marcos Jorge. Produção: Cláudia da Natividade por Zencrane Filmes, Fabrizio Donvito, Marco Cohen e Gabriele Muccino por Indiana Production Company
Linha de Passe
de Walter Salles e Daniela Thomas. Produção: Mauricio Andrade Ramos por Videofilmes e Rebecca Yeldham
Meu Nome Não É Johnny
de Mauro Lima. Produção: Mariza Leão por Atitude Produções
MELHOR LONGA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO
Café dos Maestros
de Miguel Kohan. Produção: Walter Salles por Videofilmes e Gustavo Santaolalla por Lita Stantic
Condor
de Roberto Mader. Produção: Roberto Mader por Taba Filmes e Focus Filmes.
Juízo
de Maria Augusta Ramos. Produção: Diler Trindade por Diler & Associados e Nofoco Filmes
O Mistério do Samba
de Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda. Produção: Leonardo Netto, Lula Buarque de Hollanda e Marisa Monte por Conspiração Filmes
Panair do Brasil
de Marco Altberg. Produção: Marco Altberg e Maiza Luiza Figueira de Mello por Indiana Produções Cinematográficas Ltda.
O Tempo e o Lugar
de Eduardo Escorel. Produção: Eduardo Escorel por Cinefilmes
MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO – MENÇÃO HONROSA
O Garoto Cósmico
de Alê Abreu. Produção: Lia Nunes por Estúdio Elétrico.
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
O Garoto Cósmico
de Alê Abreu. Produção: Lia Nunes por Estúdio Elétrico.
O Guerreiro Didi e a Ninja Lili
de Marcus Figueiredo. Produção: Diler Trindade por Diler & Associados, Renato Aragão Produções, Miravista e Globo Filmes.
Pequenas Histórias
de Helvécio Ratton. Produção: Simone Magalhães Matos por Quimera Filmes.
MELHOR DIREÇÃO
Linha de Passe
Daniela Thomas e Walter Salles
Ensaio Sobre a Cegueira
Fernando Meirelles
Chega de Saudade
Lais Bodanzky
Estômago
Marcos Jorge
Meu Nome Não É Johnny
Mauro Lima
MELHOR ATRIZ
Chega de Saudade
Cássia Kiss
Os Desafinados
Cláudia Abreu
Feliz Natal
Darlene Glória
Nome Próprio
Leandra Leal
Linha de Passe
Sandra Corveloni
MELHOR ATOR
A Guerra dos Rocha
Ary Fontoura
O Banheiro do Papa
César Trancoso
Estômago
João Miguel
Meu Nome Não É Johnny
Selton Mello
Chega de Saudade
Stepan Nercessian
Romance
Wagner Moura
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ensaio Sobre a Cegueira
Alice Braga
Romance
Andréa Beltrão
Chega de Saudade
Clarisse Abujamra
Meu Nome Não É Johnny
Julia Lemmertz
Deserto Feliz
Zezé Motta
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Meu Nome Não É Johnny
Ângelo Paes Leme
Estômago
Babu Santana Como Bujiú
Ensaio Sobre a Cegueira
Gael García Bernal
Feliz Natal
Lúcio Mauro
Estômago
Paulo Miklos
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
O Banheiro do Papa
César Charlone
Ensaio Sobre a Cegueira
César Charlone
Linha de Passe
Mauro Pinheiro Jr.
Estômago
Toca Seabra
Meu Nome Não É Johnny
Uli Burtin
Chega de Saudade
Walter Carvalho
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Encarnação do Demônio
Cássio Amarante
Meu Nome Não É Johnny
Cláudio Amaral Peixoto
Última Parada 174
Cláudio Amaral Peixoto
Estômago
Jussara Perussolo
Chega de Saudade
Marcos Pedroso
Ensaio Sobre a Cegueira
Tulé Peake
MELHOR FIGURINO
Chega de Saudade
André Simonetti
Última Parada 174
Bia Salgado
Romance
Cao Albuquerque
Estômago
Marisol Grossi
Meu Nome Não É Johnny
Reka Koves
Ensaio Sobre a Cegueira
Renée April
MELHOR MAQUIAGEM
Romance
Anna Van Steen
Linha de Passe
Gabi Moraes
Meu Nome Não É Johnny
Helena D`araújo e Marilú Mattos
Estômago
Marcelino de Miranda
Ensaio Sobre a Cegueira
Micheline Trépanier
MELHOR EFEITOS VISUAIS
Ensaio Sobre a Cegueira
André Waller, Renato Tilhe, Ricardo Gorodetcki e Tamis Lustre
Encarnação do Demônio
Kapel Furman
Meu Nome Não É Johnny
Marcelo Mm
Última Parada 174
Marcelo Siqueira
Estômago
Renato Cavalcanti e Tatiana Machnicki
MELHOR TRILHA SONORA
Chega de Saudade
Bid
Café dos Maestros
Gustavo Santaolalla
O Mistério do Samba
Marisa Monte
Orquestra dos Meninos
Paulo Sérgio Santos
Os Desafinados
Wagner Tiso
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
5 Frações de Uma Quase História
Célio Balona, Lucas Miranda e Victor Mazarelo
Meu Nome Não É Johnny
Fabio Mondego, Fael Mondego, Marco Tommaso e Mauro Lima
Estômago
Giovanni Venosta
Linha de Passe
Gustavo Santaolalla
Ensaio Sobre a Cegueira
Marco Antônio Guimarães e Uakti
MELHOR SOM
Ensaio Sobre a Cegueira
Alessandro Laroca, Armando Torres Jr, David Mccallum,
Guilherme Ayrosa, Lou Solakofski
Chega de Saudade
Alessandro Laroca, Armando Torres Jr., Geraldo Ribeiro e João Godoy
Meu Nome Não É Johnny
Armando Torres Jr, François Wolf e George Saldanha
Feliz Natal
Beto Ferraz, George Saldanha e Paulo Gama
Última Parada 174
Bruno Tarriere, Gillaume Sciama e Miriam Biderman
Estômago
Francesco Grassi, Jean-Christophe Casalini
E Maricetta Lombardo
MELHOR MONTAGEM DE FICÇÃO
Ensaio Sobre a Cegueira – Daniel Rezende
Linha de Passe – Gustavo Giani e Lívia Serpa
Corpo – Idê Lacreta
Estômago – Luca Alverdi
Meu Nome Não É Johnny – Marcelo Moraes
Chega de Saudade – Paulo Sacramento
MELHOR MONTAGEM DE DOCUMENTÁRIO
Café dos Maestros – Alejandra Almirón e Gonzalo Santiso
Andarilho – Cao Guimarães
Condor – Célia Freitas
O Mistério do Samba – Natara Ney
Romance do Vaqueiro Voador – Ricardo Miranda
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Última Parada 174 – Bráulio Mantovani
O Banheiro do Papa – César Charlone e Enrique Fernández
Estômago – Cláudia da Natividade, Fabrízio Donvito, Lusa Silvestre e Marcos Jorge
Linha de Passe – Daniela Thomas e George Moura
Chega de Saudade – Luiz Bolognese
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Nossa Vida Não Cabe Num Opala
Baseado em texto original de Mário Bortolotto
Di Moretti
Ensaio Sobre a Cegueira
Adaptado do livro homônimo de José Saramago
Don Mckellar
Nome Próprio
Livre adaptação dos livros “Máquina de Pinball” e “Vida de Gato”
de Clarah Averbuck, e de textos publicados em seu blog pessoal
Elena Soarez, Melanie Dimantas e Murilo Salles
Onde Andará Dulce Veiga?
Adaptado do livro homônimo de Caio Fernando Abreu
Guilherme de Almeida Prado
Meu Nome Não É Johnny
Adaptado do livro homônimo de Guilherme Fiuza
Mariza Leão e Mauro Lima
MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRAGEIRO
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 Luni, 3 Saptamani Si 2 Zile, ficção, Romênia)
De Cristian Mungiu. Distribuição: Lumière.
Desejo e Reparação (Atonement, ficção, Reino Unido / França)
De Joe Wright. Distribuição: Universal Pictures.
O Escafandro e a Borboleta (The Diving Bell and the Butterfly, ficção, França)
De Julian Schnabel. Distribuição: Europa Filmes.
Onde Os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men, ficção, EUA)
De Ethan Coen e Joel Coen. Distribuição: Paramount Vantage.
Vicky Cristina Barcelona (Vicky Cristina Barcelona, ficção, Espanha / In
De Woody Allen. Distribuição: Imagem Filmes.
MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
Café com Leite – de Daniel Ribeiro
Os Filmes Que Não Fiz – de Gilberto Scarpa
Muro – de Tião
Os Sapatos de Aristeu – de Luiz René Guerra
Trópico das Cabras – de Fernando Coimbra
MELHOR CURTA-METRAGEM DE DOCUMENTÁRIO
Dreznica – de Anna Azevedo
O Homem da Árvore – de Paula Mercedes
Ismar – de Gustavo Beck
Ocidente – de Leonardo Sette
Rapsódia do Absurdo – de Claudia Nunes
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Animadores – de Allan Sieber
Dossiê Rê Bordosa – de César Cabral
Moradores do 304 – de Leonardo Cata Preta
Passo – de Alê Abreu
Terra – de Sávio Leite
Fonte: Estadão Online